sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Um poeta e pesquisador da cultura maranhense


O economista e escritor José Ribamar Sousa dos Reis faleceu no dia 7 de dezembro passado



Do Blog do Manoel Santos, Estevão Bertoni


Sempre que um dos filhos de José Ribamar Sousa dos Reis (1947-2010) quiser se recordar do pai, bastará ouvir Altemar Dutra cantar “Meu Velho”.
Ele indicou ao filho a música por achar que será lembrado assim que começar o verso: “É um bom tipo meu velho”.
Ribamar, economista de formação, foi um tipo dedicado às letras. Como pesquisador, escreveu sobre a história e a cultura popular de seu estado natal, o Maranhão.
Lançou também livros de poesia e de contos e, ultimamente, mantinha a coluna semanal “Trincheira da Maranhensidade”, num suplemento do Jornal Pequeno, o “JP Turismo”.
Como economista, teve diversos cargos públicos e ocupou a cadeira de número 56 no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.
Nos fins de semana, seu passatempo favorito era tomar uma cervejinha com os amigos. Adorava ainda ouvir Amado Batista, Roberto Carlos e Waldick Soriano.
No começo deste ano, desconfiado da perda repentina de peso, descobriu estar com um câncer no estômago.
Não se afastou do trabalho, que para ele era uma espécie de terapia, como conta a mulher, Maria Osmina. Decidiu começar um livro sobre a história da família Reis, cuja origem é portuguesa.
Sábado (4) de manhã, devido a complicações da doença, foi internado em São Luís. Na segunda (6), sua mãe Rosy, 94, a quem ele chamava de “minha Rosa” e que sofria de diabetes, morreu no Rio.
Ribamar, sem ser informado do que ocorrera, morreu no dia seguinte, aos 63 anos. Ambos foram velados juntos e enterrados na quarta-feira, em São Luís (MA).

Brasil izoneiro

ucho.info: a marca da notíca, Maria Helena Rubinato R. de Sousa

Nós, os brasileiros vivos em dezembro de 2010, somos as privilegiadas testemunhas do surgimento de um mundo bem mais admirável do que jamais sonharam nossos ancestrais.
Igual ao Lula, nunca antes e, certamente, nem depois.
A genial sacada de um relatório gerado no Planalto, com mais de 300 páginas, registrado em cartório e assinado por seus impagáveis e fieis auxiliares, contendo todos os magníficos feitos de seus oito anos de governo, é golpe de mestre.
Os que ficaram, os que saíram por lesão durante o jogo, ou por terem recebido cartão vermelho, todos reunidos na festa, todos coniventes ao assinar o relambório.
Como confessou o genial amante de si mesmo: “se a Imprensa não fala bem de mim, vou sair por aí e falar”.
Agora, no grand finale, ele se superou. Não se limitou a falar: escreveu. E fez mais: exigiu a chancela do cartório. E não se furtou a pedir aos outros que assinassem confirmando tudo que disse que fez e tudo que não disse que fez.
Tinha a mais absoluta convicção da anuência de todos. E sabe, como todos sabemos, que tem muita gente louca para ir lá e assinar também...
Meus mais efusivos cumprimentos a quem teve a brilhante ideia da feitura desse documento.
Dirão os ingratos e invejosos: se a moda pega e, geralmente, o mau exemplo frutifica mais que o bom exemplo, acontecerão duas coisas, ambas definitivas.
Nunca nos livraremos dos cartórios e das assinaturas com firma reconhecida; teremos governadores deixando tijolaços impressos contando tudo de maravilhoso que andaram fazendo por seus Estados.
Já os realistas pensam: os historiadores do futuro não terão trabalho algum. Lerão os relatórios assinados e poderão concluir: foi assim que começou a época de ouro da civilização brasileira. Foi assim que chegaram ao ápice.
Foi desse modo que a Glória se instalou para sempre sobre a cabeça de Luiz Inácio Lula da Silva.
Não temos porque duvidar de que isso é o que acontecerá. Não só pelo documento assinado e cartorizado, como pelo o que nos promete a oposição: ela desistiu de ser oposição.
Entramos numa fase da vida política do país que é, realmente, como diz o Lula, extraordinária: a oposição desiste de se opor.
Todos estarão a favor. Cantaremos a uma só voz, unidos, ombro a ombro.
Deixemos de hipocrisia – como aliás, anda pedindo Sergio Cabral, o Sorridente – Lula não merece que todos nós, cidadãos brasileiros, assinemos também o tal documento? Estou convencida que sim.
Afinal, ele acaba de inaugurar um novo sistema de governo. A Inzoneirocracia. Sem derramamento de sangue, sem revoltas populares, sem golpes militares ou civis, ele conseguiu o impossível: não temos mais oposição. Serão todos a favor.
É um governo forte sem um ditador. De adesão por amor e não na marra. Tudo espontâneo, todos unânimes em reconhecer que do PT para o povo só fluem coisas boas e que, por isso, o certo é aderir. Por amor.
Amor a quê? Ora, isso deixo à imaginação de cada um

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Lula da Silva começa a preparar seu retorno ao Palácio do Planalto em 2015



Ucho.info: a marca da notícia

Esquentando o s motores – Muito tem se falado que o governo de Dilma Rousseff é uma espécie de terceiro mandato do presidente Luiz Inácio da Silva, mas o presidente-metalúrgico prefere desconversar quando o assunto vem à baila. Tão logo Dilma teve a eleição confirmada, Lula começou a palpitar na composição da equipe ministerial. Em seguida preferiu sair pela tangente ao afirmar que o governo da sua sucessora deveria ter identidade própria. Foi uma cortina de fumaça para dispersar a atenção da imprensa na escolha dos ministros. Não demorou muito e Lula da Silva começou a operar nos bastidores.
A incursão do presidente Luiz Inácio foi tamanha, que assessores próximos foram chamados para integrar a equipe da eleita Dilma Vana Rousseff. Na quarta-feira (15), Lula disse aos jornalistas que não partiu dele a iniciativa de indicar os ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo da Silva para os ministérios da Fazenda e Comunicações, respectivamente. Na verdade, Lula conseguiu enxertar na equipe de Dilma Rousseff pessoas de sua confiança, o que em tese podem lhe garantir o retorno ao Palácio do Planalto em 1º de janeiro de 2015, desde que meses antes vença a corrida presidencial.
O primeiro sinal do desejo de Lula da Silva de voltar ao poder se deu com o registro em cartório, na quarta-feira, das supostas conquistas ao longo dos últimos oito anos. O ato, que tem muitas entrelinhas, foi interpretado como uma tentativa de mais adiante mostrar aos eleitores que Dilma Rousseff tentou mudanças, mas não conseguiu. Não se trata de impor por antecipação à presidente a cangalha da incompetência, mas de antecipar as dificuldades econômico-financeiras que a comunidade internacional já começa a enfrentar e que deve provocar reflexos em nossa querida e vilipendiada Botocúndia.

Dirceu, de volta ao Palácio: ‘Nunca saí daqui’



Por Ricardo Nobrat, O Globo


No reencontro do presidente Lula com os ministros que passaram pelo seu governo, o ex-todo-poderoso ministro da Casa Civil José Dirceu, demitido no auge do escândalo do mensalão, foi um dos mais abordados e cumprimentados durante sua primeira solenidade pública no Palácio do Planalto desde que saiu pelas portas dos fundos.
Todos os ex-ministros foram convidados para a solenidade de registro em cartório do balanço de oito anos de gestão petista, inclusive os que caíram em desgraça. Mas muitos deles não foram, inclusive a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra.
Sorridente e falante, Dirceu circulou bastante e, no momento do ato oficial, se sentou numa das últimas fileiras. Mas foi cumprimentado e mais de uma vez citado pelo presidente Lula em seu discurso.
Depois da solenidade, foi um dos poucos que subiram para o terceiro andar com Lula e a presidente eleita, Dilma Rousseff. Perguntado sobre como se sentia ao estar voltando ao Planalto, deu uma grande gargalhada e respondeu:
— Mas eu nunca saí daqui!.

Filme sobre a Casa das Minas será lançado nesta quarta-feira em São Luís


Por Manuel Santos, Jornal Pequeno


Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Casa das Minas é um dos mais antigos, respeitados e expressivos terreiros de todo o Brasil. Sua riquíssima história recebeu recorte em documentário cujo título é “Casa Das Minas – Os voduns reais de São Luís” que terá lançamento nesta quarta-feira (15), às 19h, em sessão especial, aberta ao público, no Cine Praia Grande, situado no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho (Praia Grande).
O filme com duração 85 minutos tem narrativa com base na pesquisa a partir da obra de Hubert Fichte (1935–1986), que, trinta anos atrás, vivenciou o templo e escreveu suas impressões no estilo “etnopoesia”, tornando-se um clássico da literatura alemã.
Pela primeira vez, houve permissão para o registro de alguns dos ritos cerimoniais e cânticos em língua africana, únicos da Casa das Minas. O filme traz depoimentos das chefes espirituais da Casa – juntamente com o professor e antropólogo Sérgio Ferretti – que contam a comovente trajetória do templo, desde a sua fundação, passando por perseguição e submissão até os dias de hoje, com a perspectiva para a transformação da Casa em museu.
A obra mostra o manejo consciente das duas “vodúnsis” com o declínio do culto, ao qual elas dedicaram e dedicam toda sua vida. Devido às conseqüentes mudanças sociais em contraponto aos rígidos preceitos de devoção e retidão espirituais, elas abdicaram da continuidade. O culto e os complexos conteúdos da religião irão perecer com suas derradeiras filhas-de-santo.
“Casa Das Minas – Os voduns reais de São Luís” é um filme de Edith Leimgruber, Hili Leimgruber e Jens Woernle, suíços, que conquistaram a confiança dos membros da Casa das Minas, graças a uma estreita amizade, cultivada há quase 20 anos. “Estávamos cientes do dilema entre curiosidade e respeito pela opção de isolamento feita por elas, tratamos com muito cuidado a idéia da realização do filme. Entretanto, durante nossa pesquisa para o mesmo, pudemos perceber que também por parte da líder espiritual Dona Deni, existe um crescente interesse na divulgação de um legado filmado, o que tornou esse projeto possível”, afirma Edith Leimgruber.
Transcendência da pessoa (quando seu corpo é apoderado pelo vodum), coexistência do cristianismo e das religiões africanas (sincretismo); ambivalência do sistema de tratamento médico-psicológico, tanto através da manipulação de ervas quanto dos assentamentos e invocações; e a controvérsia da fidelidade à tradição junto à conscientização da própria morte; são assuntos pertinentes neste trabalho.
A Casa das Minas foi fundada no início do século XIX por africanos escravizados da etnia Jeje, Ewe ou Eoué, procedentes do Daomé, atual República do Benin, que a denominavam de Querebentã de Zomadonu. É considerado um grupo fechado, de grande fidelidade à própria tradição, e mesmo com o passar dos anos, não existe concessões e nem adequações à vida e ritos do culto às diferentes épocas.
É o terceiro do Livro de Tombo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), ao lado do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho Ilê Axé Iyá Nassô Oká, tombado em 1987, e do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em 1999, ambos de Salvador (BA).
  

Virtuosismo vendido por Lula começa a tropeçar a poucos dias da sua despedida



 
Por ucho.info: a marca da notícia

Luz vermelha – Após chegar ao poder a bordo de promessas ufanistas, todas balbuciadas durante a campanha de 2002, Luiz Inácio da Silva transformou-se na versão chicaneira e tropical de Messias, o salvador da humanidade. Em nossa querida, amada e vilipendiada Botocúndia esse gazeteiro de quinta surgiu em cena nos últimos oito anos como se fosse o maior dos gênios. E por conta disso adotou o bordão “nunca antes na história deste país”, como se ele tivesse feito algo positivo e duradouro em prol dos brasileiros.
O virtuosismo que Lula vendeu aos brasileiros incautos e aos estrangeiros que desconhecem a realidade do País caminha na direção do abismo. E para evitar um mal maior a eleita Dilma Rousseff terá de colocar à prova a competência que seu mentor eleitoral tão espalhou pelos rincões verde-louros. Se a neopetista Dilma não tirar uma receita milagrosa de sua cartola vermelha, o Brasil corre um grande risco de enfrentar sérias dificuldades na economia.
A inflação nos setores de alimentos e serviços sinaliza que ainda tem fôlego de sobra para seguir em frente. O que mostra que o brasileiro, que acreditou nas palavras de Lula da Silva, consumiu muito além do que deveria, provocando índices preocupantes de inadimplência, que segundo a Serasa deve manter esse ritmo no próximo ano. Conter esse quadro preocupante será possível com o aumento da taxa básica de juros, a Selic, índice que norteia o custo do dinheiro para o governo e também para o cidadão comum, sempre respeitadas as variações de taxas.
Para que Lula não deixasse o Palácio do Planalto com a pecha de ter aumentado a taxa de juros em seus derradeiros dias como mandatário tupiniquim, o Banco Central deixou o problema para a sucessora do presidente-metalúrgico, a ex-pedetista Dilma Vana Rousseff. Diante da inevitável alta dos juros, o brasileiro será tomado pela escassez de crédito, o que por um lado ajudará a conter o consumo e, por consequência, afugentará não por muito tempo o fantasma da inflação. No contraponto, a retração da oferta de crédito trará dois efeitos indesejados. Encolhimento da atividade industrial e aumento do desemprego.
Quem analisa a economia mundial com um pouco mais de calma logo percebe que Luiz Inácio da Silva, mesmo tendo nascido em Pernambuco, é um chinês de carteirinha. Ele conseguiu criar um cenário ainda mais favorável aos produtos fabricados no país da Grande Muralha.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Peixada maranhense será o cardápio de encontro para unir a dividida bancada do PP




Por ucho.info: a marca da noticia


Confraternização natalina – Continuam muito ácidas as relações entre a liderança de bancada e os deputados federais do Partido Progressista. A intifada contra o líder João Pizzolatti (SC) e o deputado Mário Negromonte (BA) não é notícia recente, mas ficou ainda mais quente com as articulações em torno da manutenção do Ministério das Cidades para o partido.
Pizzolatti e Negromonte têm negociado sozinhos com a presidente eleita Dilma Rousseff, o que deixou os colegas legenda extremamente desconfiados. Negromonte quer substituir Márcio Fortes. O presidente da executiva nacional, senador Francisco Dornelles (RJ), afirmou que delegou as negociações para os dois deputados, mas para Dilma deixou claro que a futura presidente poderia indicar qualquer ministério para o PP. A petista eleita, no entanto, orientada pelo presidente-metalúrgico Lula da Silva, espera que aconteça um entendimento na bancada federal.
Com 41 deputados, os progressistas podem ser o fiel da balança em votações polêmicas. Para diminuir o clima pesado entre os colegas, o deputado federal Waldir Maranhão (MA) organiza um jantar de confraternização para esta quarta-feira (08) em seu apartamento funcional. Será o último encontro do ano dos progressistas em clima natalino.
O cardápio à base de uma peixada maranhense, preparada por cozinheiro vindo especialmente para organizar o rega-bofe político, poderá ajudar na busca de um entendimento. É com esse espírito que mais da metade dos deputados do PP confirmou presença, o que também aconteceu com boa parte dos eleitos em outubro passado. Waldir Maranhão é um parlamentar habilidoso, que levou para a seara política a experiência adquirida durante os longos anos em que atuou como professor e reitor universitário. É esperar para ver!
Confraternização natalina – Continuam muito ácidas as relações entre a liderança de bancada e os deputados federais do Partido Progressista. A intifada contra o líder João Pizzolatti (SC) e o deputado Mário Negromonte (BA) não é notícia recente, mas ficou ainda mais quente com as articulações em torno da manutenção do Ministério das Cidades para o partido. Pizzolatti e Negromonte têm negociado sozinhos com a presidente eleita Dilma Rousseff, o que deixou os colegas legenda extremamente desconfiados. Negromonte quer substituir Márcio Fortes. O presidente da executiva nacional, senador Francisco Dornelles (RJ), afirmou que delegou as negociações para os dois deputados, mas para Dilma deixou claro que a futura presidente poderia indicar qualquer ministério para o PP. A petista eleita, no entanto, orientada pelo presidente-metalúrgico Lula da Silva, espera que aconteça um entendimento na bancada federal.
Com 41 deputados, os progressistas podem ser o fiel da balança em votações polêmicas. Para diminuir o clima pesado entre os colegas, o deputado federal Waldir Maranhão (MA) organiza um jantar de confraternização para esta quarta-feira (08) em seu apartamento funcional. Será o último encontro do ano dos progressistas em clima natalino.
O cardápio à base de uma peixada maranhense, preparada por cozinheiro vindo especialmente para organizar o rega-bofe político, poderá ajudar na busca de um entendimento. É com esse espírito que mais da metade dos deputados do PP confirmou presença, o que também aconteceu com boa parte dos eleitos em outubro passado. Waldir Maranhão é um parlamentar habilidoso, que levou para a seara política a experiência adquirida durante os longos anos em que atuou como professor e reitor universitário. É esperar para ver!